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Foto do escritorAndrea Fonseca

Inteligência Emocional para Crianças


inteligência emocional para crianças

No último mês falamos sobre o pote da calma para ajudar a controlar as emoções das crianças (https://www.casadaeditinha.org.br/single-post/5c402eb737feb55ab84a9a10).

Agora vamos falar um pouco mais sobre como desenvolver a inteligência emocional das crianças para que elas possam ser adultos com mais capacidade de autocontrole sobre suas emoções e melhores relacionamentos com as pessoas e situações. Isso não significa tolerar uma emoção, mas entendê-la e fazer melhores escolhas para a vida.

Quando uma criança acredita que consegue resolver um problema, ela se motiva, identificando o problema e elaborando um plano para resolvê-lo..., mas quando a criança consideram o problema insolúvel, ela foca na emoção e acaba trabalhando para controlar o sofrimento. Qualquer uma dessas opções são estratégias de inteligência emocional.

A inteligência emocional abrange: consciência, capacidade de se expressar e como lidar com as emoções.

Como o mundo focou no QI – coeficiente de inteligência, o QE – coeficiente emocional foi ignorado. Porém, isso tem mudado muito, pois não adianta nada um chefe inteligente, mas que não consegue se engajar com outros humanos, o mundo agora, procura por lideres que gerenciem além de pessoas, mas que gerencie a si mesmo e suas emoções são o ponto chave pra que isso aconteça.

emoções são úteis

As emoções não são ruins, nem boas. Emoções servem a um propósito.

A tristeza, por exemplo, é uma emoção capaz de nos desacelerar o pensamento e a agitação física, nos dando a oportunidade de refletir sobre a origem do que estamos sentindo.

Nossas emoções devem ser respeitadas e examinadas, porque através da experiência dessas emoções é que podemos desenvolver a inteligência emocional.

Como desenvolver a inteligência emocional de seu(sua) filho(a)

desenvolver o QE do meu filho

Antes de começarmos a fazer algo neste sentido com relação os nossos filhos primeiro precisamos examinar nossas emoções e como agimos com as crianças.

1˚) pesquise as emoções que passam de geração em geração na sua família, do lado da mãe e do lado do pai da criança. Existem algumas emoções que são cópias de comportamentos dos pais e outras que são respostas aos comportamento dos pais. Por exemplo: um pai que grita muito e a mãe se cala, seus filhos podem: não aceitar que ninguém fale auto perto delas, ou ser uma pessoa que fale auto, também, ou que fale muito baixo. Cada um reage de uma maneira diferente, por isso em muitas famílias, cada filho age de uma forma distinta, pois foi a forma como cada um usou sua inteligência emocional para sobreviver a situação.

Ok, mas nosso objetivo aqui não é sobreviver, e sim de viver melhor! Então, uma boa forma de buscar conhecer sua história emocional familiar é perguntando, mesmo aos membros mais velhos como era cada um, se conseguir descobrir sobre avós, bisavós, melhor ainda!

2˚) Avalie como você e seu marido (sua esposa) respondem às emoções das crianças... Essas são algumas opções:

- Distrair a criança, você tenta eliminar a emoção rapidamente com distrações (música, brincadeira, joguinho, brinquedo, mostrando outra coisa)

- Reprovar a criança, emoções negativas são reprimidas através de punição ou castigo.

- Deixar a criança agir libre, isto é, as emoções da criança são aceitas ou toleradas, mas sem reflexões.

- Educar a criança, quando a criança expressa suas emoções em momentos difíceis, os pais usam a experiência emocional como uma oportunidade para refletir, oferecendo orientação e ajuda não solução de problemas.

Essa última opção é a melhor opção para que as crianças cresçam emocionalmente em equilíbrio. E entendo, que se você for como eu deve estar em pânico pensando: “Nossa, uso uma das piores opções com meu filho!”

E agora? Se não sou emocionalmente estável, como posso desenvolver a inteligência emocional de meu(minha) filho(a)?

Fiquei refletindo como fazer isso se eu ainda não tenho uma inteligência emocional tão ‘expert’ assim, como posso desenvolver no meu filho o que eu ainda não tenho?

Bem, se quero que meu filho não passe pelo mesmo estres emocional que vivo ou vivi, preciso:

Reconhecimento dos pais para entender os filhos.

Sem julgar reconheça as emoções do seu filho, e se conseguir, também sem julgar, observe o histórico desta emoção na família. Nunca diga a seu filho coisas do tipo: “sua avó é igualzinha a você”, pois isso pode criar uma nova emoção, mais estressante que a anterior.

conecte-se com seu filho

Use as emoções para conectar-se com seu filho.

As emoções das crianças não devem ser um inconveniente, ao contrário, se você usá-las para entender e se conectar com seu filho. Lembre-se de momentos que você, também, se sentiu assim, e se sentindo poderoso(a) e responsável, como seu filho poderia resolver o problema fazendo acordos e articulando suas habilidades. Isso criará sentimentos de responsabilidade, empatia e fortaleza, que ficarão por toda a vida de seu filho.

Se precisar, use o ‘pote da calma’ para aguardar ‘a emoção mais forte baixar’.

Se seu filho estiver expressando raiva ou alguma emoção que você tem também, ou que não sabe o que fazer, o pote da calma pode ajudar a gerar o tempo necessário para que você e seu filho possam conversar e refletir sobre a situação e as emoções que apareceram.

Ajude seu filho a resolver problemas sem comportamentos inaceitáveis.

As emoções são válidas e aceitáveis, mas nem todo comportamento pode ser. Sentir a emoção deve ser apoiado, mas se apoiamos comportamentos agressivos, isso em nada ajudará seu filho a lidar com as emoções. Portanto, é muito importante desenvolver as habilidades para resolver problemas respeitando a si e aos outros.

Comemore a solução de um problema com seu filho

Quando seu filho encontrar uma saída para o problema, sem fugir, sem se sentir culpado, sem se sentir vítima da situação, esse é um bom momento para comemorar com seu filho, mas nada de prêmios, guloseimas ou presentes, isto é, a comemoração é reconhecer com ele sua habilidade de resolver o problema. Se quiser, lembrar como ele agiu no passado e como ele agiu agora, e rever como foi melhor para todos, inclusive ele.

família feliz

Conclusão:

Podemos ajudar nossos filhos a serem melhores adultos se aprendermos sobre nossas emoções, de nossa família e estivemos atentos para poder ajudá-lo a perceber que suas emoções são importantes, respeitadas e que juntos podem trabalhar para uma vida mais harmoniosa e feliz.

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