Andrea Fonseca

10 de out de 20173 min

A HISTÓRIA DA CASA DA EDITINHA

A Mãe Doca já trabalhava ajudando a famílias e crianças desde a década de 60. De domingo e quinta ela dava sopa, material escolar e roupas para a comunidade local, que enchia os salões, buscando amparo.

Uma vez por mês ela levava calçados e roupas para distribuir no Pico do Jaraguá. O Projeto Crianças do Amanhã já existia naquele tempo de domingo. Ela, também, fazia festas para as crianças.

Ela tinha um sonho naquela época: ela queria criar a Casa da Mãe Solteira, pois as mulheres que tinham filhos sem a presença do pai sofriam muito naquele tempo. Mesmo sem seu sonho ter se realizado, ela e as voluntárias faziam as peças dos enxovais para os bebês, com o passar do tempo os enxovais foram ficando mais elaborados e o grupo parou de fazer as peças, que passaram a serem compradas. Surgiu aí o Projeto Gesta Bem que teve apoio de uma psicologa muito dedicada, chegando a dar mais de 120 enxovais por ano as mães que precisavam.

Antes da construção da creche todas as famílias tinha que ser atendidas num salão. As mães aprendiam trico e crochê enquanto as crianças faziam atividades e comiam no refeitório local.

Casa da Editinha ou pelo seu nome completo, Serviço de Assistência à Família Casa da Editinha, surgiu em 03 de Setembro de 1973 com a Mãe Doca, ajudando e orientandos as famílias daquele tempo até hoje.

A Maria Aparecida Sica, ou Mãe Doca, como era carinhosamente chamada, faleceu em 1975. E seus trabalhos continuaram com a ajuda do grupo de voluntários da época.


 
A Casa da Editinha recebeu o terreno e, em 1984, construiu com recursos próprios a Creche Mãe Doca, que terminou de ser construída em 1986 e a partir daí a Casa da Editinha passou a ter um espaço exclusivo para o atendimento das crianças. O convênio com a Prefeitura só veio um ano depois.

A MÃE DOCA

A Maria Aparecida Sica, casou-se com 17 anos com um viúvo que tinha 5 ou 6 filhos, assumindo a posição de mãe muito jovem, foi aí que o nome Mãe Doca surgiu, pois as pessoas a chamavam de Doca e os enteados a chamavam de Mãe Doca, até que todos passaram a chamá-la de Mãe Doca, também. Ela realmente foi uma mãezona.

​No final da vida da Mãe Doca, os amigos cuidaram dela, cada dia era um da turma que ficava com ela pra cuidá-la com amor e carinho, pois ela já tinha cuidado de todos a sua vida toda.

A ROSA

A Mãe Doca fazia vários tipos de flores de tecido. O trabalho com as flores era o que trazia o dinheiro para tudo que ela doou para as famílias que ela queria tão bem, com o tempo foi recebendo outros tipos de ajuda e apoio, mas as flores e, principalmente, as Rosas, sempre fizeram parte dos seus trabalhos para a Casa da Editinha. Mesmo tendo todo equipamento e material para produzir as mais diversas flores, a Rosa foi tomando destaque, e hoje, as voluntárias da Casa da Editinha ainda produzem e vendem as Rosas para arrecadar para a Casa.

Quem recebe as Rosa, também, recebe um cartão com o seguinte texto:

"Flores da Mãe Doca - pétalas de Amor

As rosas de tecido começaram a ser confeccionadas há muitos anos pela Mãe Doca que com a renda delas conseguia manter as crianças da creche, algumas despesas da Casa Branca do Caminho e o asilo. Quem compra uma rosa está adquirindo parte de uma história, uma história de amor e caridade de uma senhora que não media esforços para ajudar quem precisasse. Produzidas de maneira totalmente artesanal, desde o tingimento dos tecidos, corte com a marreta, colagem uma a uma ; até os dias atuais são feitas da mesma maneira que a Mãe Doca fazia, mantendo a mesma tradição e carinho na sua confecção. Que está rosa traga alegria a quem a recebe e agradecimento a quem a produziu."

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